Por Ana Cecília Ferreira de Amorim,
Brasilia, 2013.
Sección: Tesis, tesis de maestría.
RESUMO
A partir de um acompanhamento psicoeducacional, com um grupo de adultos surdos, buscou-se pesquisar, nas interações surdo-surdo e surdo-ouvinte, os elementos enunciativos reveladores da maneira como o sujeito surdo se posiciona sobre si (como se vê – concepções de si), como vê o outro e como se vê percebido pelo outro. A orientação argumentativa da pesquisa partiu do pressuposto teórico da perspectiva histórico-cultural de L. S. Vigotski e dos preceitos conceituais da filosofia da linguagem propostos por M. Bakhtin. O campo investigativo foi configurado com base na abordagem qualitativa, via videogravação dos diálogos produzidos e mediados pelo uso da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Diante dos resultados obtidos e das discussões realizadas, pode-se concluir que o processo de autoconceitualizar-se é complexo e determinado historicamente, no qual o eu se constitui dialogicamente na(s) relação(ões) com o(s) outro(s), em uma constante contradição dialética, com base nas significações produzidas por meio das relações sociais, que são mediadas por signos ideológicos. Isto é, o modo como o surdo se vê tem relação direta com a forma como ele estabelece a sua relação com seus pares surdos e com os ouvintes. Nessa dinâmica, foi possível evidenciar que os surdos são marcados pela ideia de que a surdez é uma deficiência e que ele é alguém menor, em desvantagem social.
Palavras-chave: surdez, autoconceito, perspectiva histórico-cultural.
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Tesis de maestría presentada ante el programa Mestrado em Processos do Desenvolvimento Humano e Saúde)de la Universidade de Brasília, Brasília, 2013.
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